sábado, 23 de fevereiro de 2008

Bioparque Amazônia: um passeio pela região mais cobiçada do mundo

Cerca de 49% dos atrativos turísticos de toda a Amazônia estão no Pará. Com uma rica biodiversidade que dispensa comentários, o desafio do turista que por aqui passa é ter tempo para conhecer e apreciar tudo que temos a oferecer, afinal, são 143 municípios em uma extensão territorial que envolve 1.248.042 quilômetros quadrados de superfície.

Uma opção para quem precisa conhecer a região mais desejada do planeta e não tem muito tempo para viajar é o Bioparque Amazônia (http://www.bioparqueamazonia.com.br/ ). Localizado no bairro do Tapanã, a cerca de 20 minutos (20 km) do centro de Belém, capital do Pará. O lugar é guardião de uma variedade de amostras da fauna, flora, recursos hídricos e outras riquezas da Amazônia, opção de lazer e entretenimento para toda a família.
O passeio precisa ser feito com muito carinho, a começar pelo Museu de Paleontologia e Malacologia (estudo dos moluscos), onde encontramos fósseis, conchas e moluscos trazidos pelo idealizador do projeto, o médico Jorge Arão Monteiro, um apaixonado pela evolução dos seres vivos. Animais exóticos empalhados, cobras, répteis e outros bichos dividem o espaço com a pinacoteca, exposição de quelônios e a maior coleção de conchas da América Latina e ainda um espelho clássico do Ciclo da Borracha, a maioria das peças arrematadas em leilões, doadas ou mesmo compradas pelo colecionador.
Após o museu uma agradável trilha, que pode ser percorrida a pé ou confortavelmente de carro e até de bicicleta nos leva direto aos tanques naturais onde vivem dezenas de adultos e filhotes de jacaré açu, espécie rara que pode medir até 7 metros e viver 100 anos. Só nos últimos meses 31 novos espécimes nasceram em cativeiro no Bioparque, fato inédito já que o réptil não tem facilidade para se reproduzir fora do habitat natural, segundo o monitor e guia de turismo Raimundo Martins, que prefere ser chamado de “cuidador de jacarés”. No local também encontramos viveiros de jacaré tinga, coroa, perema e outros, além de tartarugas e jabutis.
Saindo das trilhas dos jacarés, que deram à Reserva Natural em 1989 o nome de Crocodilo Safári, entramos em um imenso jardim povoado de orquídeas. Na fachada uma placa chama a atenção: Fábrica das Palmeiras, um portão de ferro também arrematado em um leilão que pertenceu a antiga fábrica localizada no centro histórico de Belém, onde hoje encontramos o buraco das palmeira, futuro camelódromo de Belém.
Babosa, íris da praia, hortelã, xampu, jasmins, bastão de imperador, helicônias e tantas outras plantas medicinais ou decorativas enfeitam o lugar, também habitado por pássaros que voam livres e animais pequenos como macaquinhos, cotias e outros seres.
Um dos lugares mais encantadores do parque é, sem dúvida, o viveiro de pássaros que nos leva por um caminho de sons, cantos e cores. Arara juba, arara azul, papagaio anacá. Um show à parte é dado pelos exemplares de gavião real, gigantes e atraentes.
Uma parada na cozinha do parque nos revela o cuidado que o médico tem a saúde dos animais. O local é esterilizado, impecavelmente limpo e protegido com telas nas portas, janelas e acessos de ar. Tudo para garantir que insetos e outros seres não contaminem os alimentos, deliciosamente preparados para dar aos moradores, no caso os bichos do parque, melhor cuidados que muitos homens e mulheres do lado de cá.
Mas é no viveiro das cobras que a criançada faz a festa. O temível réptil pode ser visto à vontade no Bioparque. Quase uma centena deles representando espécies como cascavel, jibóia, periquitambóia, sucuri, cobra cachorro, etc.
O pequeno Pedro Henrique Leão, de 10 anos, ao percorrer o parque durante uma visita de comitiva da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo (Abrajet Pará) ficou impressionado com o lugar. “Eu não sabia que tinha tantos bichos e plantas tão perto de Belém. Vim para conhecer de perto o gavião real, que só conhecia pela tv. As cobras e as antas também são muito curiosas”, conta o garoto.
Mas, esta é só uma amostra de tudo que pode ser visto nesta Bioparque Amazônia, reinaugurado em 2006, hoje reconhecido pela mídia internacional por ser o único espaço do gênero no mundo a reproduzir o jacaré açú em cativeiro. Segundo o proprietário, um investimento de mais de R$ 15 milhões que hoje beneficia o turismo paraense, direcionado ao turismo ecológico, científico e de observação, além de educação ambiental. Atende também demandas de eventos e treinamento empresarial. Está localizado a 15 quilômetros de Belém, seguindo pela Rodovia Augusto Montenegro e entrando ao lado do Residencial Tenoné. É ladeado pelos rios Maracacuera, Anarí e Arirí, afluentes do rio Maguarí. Informações: (91) 9134-7034 9167-9545


Texto: Benigna Soares - presidente da Abrajet Pará
Fotos: Edvaldo Pereira e Elivaldo Pamplona

3 comentários:

Anônimo disse...

Muito bonito o espaço. Visitarei assim que chegar em Belém.

Marcos Santos - SP

Anônimo disse...

O passeio foi, realmente, maravilhoso!

O Bioparque esta mais lindo do que nunca. Uma ótima oportunidade para quem gosta de desfrutar das belas paisagens naturais que a nossa região oferece.

Beijos

Anna Cristina Campos

Unknown disse...

Parabéns Benigna, o blog está lindo, gostei muito das postagens. Carla Cruz