Ontem, 21 de Abril, a imprensa brasileira repercutia duas notícias relevantes para a construção do futuro globol. O duelo entre o governo (em suas diversas esferas à favor da implantação de Belo Monte) e ambientalistas. Este fato tomou a maioria dos espaços na mídia brasileira. Se não fosse o fato de que a justiça vem anulando a autorização do leilão da obra uma outra manchete estaria em evidência: O Dia do Índio, 19, passou quase despercebido, ao contrário de anos anteriores, em que todos associavam a dizimação das etnias indígenas ao nosso descuido com a natureza, o meio ambiente, a destruição da "nossa" Amazônia.
Desta vez, prevaleceu o discurso econômico de que Belo Monte é a garantia maior de que a energia gerada pelas águas do rio Xingu é a única alternativa para o futuro dos grandes centros urbanos. Até Joelmir Beting, ou seu editor, externando profunda mágoa com os ambientalistas se deu ao direito de afirmar que, sem Belo Monte, que se devolva a floresta a poucos índios, em detrimento de milhares de brancos. Sinceramente, essa fala ...é uma vergonha...neste contexto de grandes catástrofes, terremotos, vulcões acordando e outros efeitos do aquecimento global.
Pergunta-se: o índio não seria o "protetor da Amazônia...da floresta?
Como agora se tornou de uma hora a outra o inimigo número um da pós-modernidade?
Viva o Dia ( do ) Índio !!