Ninguém tem dúvida de que a Amazônia é uma das regiões turísticas mais desejadas do Brasil e do mundo. Está no imaginário de grande parte dos turistas pela exuberância, pelas riquezas naturais, étnicas e culturais. É atraente pelo que se tem visto nos filmes, novelas, documentários e grandes debates mundiais sobre meio ambiente, a exemplo da Rio + 20, Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, que acontece de 13 a 22 de junho, no Rio de Janeiro. O evento, que acontece 20 anos após a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento (Rio-92), tem como objetivo renovar compromissos políticos assumidos com o desenvolvimento sustentável e vai discutir dois temas: a economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável e da erradicação da pobreza e a estrutura institucional para o desenvolvimento sustentável.
Vale observar que no último dia 2 de junho o Ministério do Turismo lançou a campanha "Passaporte Verde – Turismo Sustentável por um Planeta Vivo". A ação é parte de uma iniciativa global que visa estimular o turista a adotar atitudes de consumo responsável e favorecer o desenvolvimento da atividade turística com base em padrões de sustentabilidade. A campanha mostra de que forma as escolhas do viajante podem contribuir para a conservação do meio ambiente e a melhoria da qualidade de vida da população moradora dos destinos visitados.
A campanha é coordenada conjuntamente pelos ministérios do Turismo e Meio Ambiente e pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA). A cidade de Paraty foi eleita destino-piloto da campanha, mas a iniciativa deverá ser multiplicada para outros municípios brasileiros.
Seguindo este importante evento, lembramos que quando a assunto é especificamente o turismo, considerada a “indústria sem chaminé” que mais cresce no mundo, é importante observar que a Amazônia tem todas as características necessárias para oferecer os melhores produtos.
Pará, a obra-prima da Amazônia
Conheça e aprecie, mas com consciência ambiental porque junho é o mês do meio ambiente.
Considerado a obra-prima da Amazônia, o Pará oferece pelo menos cinco excelentes segmentos para quem busca turismo associado ao meio ambiente: natureza, cultura, sol e praia, eventos e bons negócios. O aproveitamento de forma sustentável desses segmentos é prioridade do Governo do Estado, que lançou com esse objetivo no final de 2011 o “Ver-o-Pará” – Plano Estratégico de Turismo, hoje em execução pela Companhia Paraense de Turismo (Paratur) e pela recém criada Secretaria de Estado de Turismo (Setur), que, formam o Sistema de Gestão do Turismo (Segetur), com aconselhamento do Fórum de Desenvolvimento Turístico do Estado do Pará (Fomentur).
Segundo Adenauer Góes, titular da Setur, o Plano “Ver-o-Pará”, lançado pelo Governador Simão Jatene, aponta dois eixos prioritários de investimento. O primeiro deles é a promoção do turismo paraense nos mercados regional, nacional e internacional, utilizando ferramentas de inteligência de mercado, que compreende a missão da Paratur. O segundo eixo é o desenvolvimento e fomento de novos produtos turísticos, além do fortalecimento das políticas públicas de turismo, missão da Setur.
“Fazem parte do Plano, elaborado com apoio e consultoria da empresa espanhola Chias Marketing, nove macroprogramas que vão direcionar os novos rumos do turismo paraense, com 42 projetos de desenvolvimento turístico e 26 projetos voltados para ações de marketing”. Explica Adenauer, ao acrescentar que o Plano reflete a essência de tudo o que foi pensado pelo Governo do Estado, por meio da Companhia Paraense de Turismo (Paratur) e da Secretaria de Estado de Turismo (Setur), para colocar o Estado como destino turístico prioritário, nos mercados regional, nacional e internacional.
A presidente da Paratur, Socorro Costa, observa que o Pará já se consolidou como um dos destinos mais atraentes do Brasil junto aos mercados consumidores do turismo, uma das atividades econômicas que mais crescem no mundo, vetor de desenvolvimento sustentável.
“É em nome desse desenvolvimento, que gera qualidade de vida, trabalho e renda à nossa gente, a partir da vinda de turistas, que a PARATUR, com apoio da SETUR dará continuidade ao desafio de promover o turismo, tendo como slogan o Pará, a obra-prima da Amazônia, em uma territorialidade que soma 144 municípios e uma oferta de inúmeros atrativos”. Diz Socorro.
Se o forte do Pará é investimentos em desenvolvimento sustentável tendo como tecnologia programas e projetos voltados ao turismo, ao concentrar esforços no fortalecimento da natureza e da cultura o Pará aumentou ainda mais suas chances de obter bons resultados. Formado por 144 municípios, o estado do Pará possui seis regiões turísticos: Belém, Marajó, Tapajós, Amazônia Atlântica, Araguaia-Tocantins e Xingu.
Belém - Com quase 400 anos, Belém é marcada pela forte hibridez cultural e arquitetônica. No centro histórico, o antigo e o novo convivem harmoniosamente nos casarios e monumentos revitalizados, herança da colonização portuguesa. Aí está também o Complexo Feliz Lusitânia (que reúne a Catedral da Sé, Museu de Arte Sacra, Casa das 11 Janelas, Museu do Círio e Forte do Presépio), o Complexo do Ver-o-Peso e a Estação das Docas. Quem vem à capital paraense não pode deixar de conhecer também espaços como a Basílica de Nazaré, o Theatro da Paz, herança do Ciclo da Borracha, Mangal das Garças, exemplo de parque de educação ambiental e lazer, Polo Joalheiro, Jardim Botânico Bosque Rodrigues Alves, Museu Paraense Emílio Goeldi e Bioparque Amazônia, dentre outros. No entorno da cidade mais de 70 ilhas oferecem ao visitante a possibilidade de vivenciar o cotidiano ribeirinho das comunidades tradicionais. E ainda na região metropolitana, os balneários de Mosqueiro, Outeiro e Cotijuba muito procurados por veranistas. O Círio de Nazaré, que reúne mais de dois milhões de romeiros e um universo de mais de 70 mil turistas é o carro chefe entre os eventos de turismo religioso. Revela uma das tradições religiosas mais antigas do mundo e é oportunidade para a renovação da fé e da cultura dos devotos de Nossa Senhora de Nazaré. Arte, gastronomia, religiosidade, artesanato, e tradições familiares se fortalecem cada vez mais a cada Círio, há mais de 220 anos.
Mangal das Garças. Foto: Jean Barbosa |
Marajó - O porto do Camará, no município de Salvaterra, é a porta de entrada para uma das mais belas regiões do estado. O Arquipélago do Marajó é composto por mais de três mil ilhotas distribuídas por mais de 50 mil quilômetros quadrados, banhadas pelo oceano Atlântico e pelos rios Amazonas e Pará. Aqui o visitante encontra um roteiro que satisfaz tanto a quem busca pelo lazer quanto por relaxamento. São dezenas de praias de águas mornas, como a do Pesqueiro, em Soure - onde é possível fazer trilhas no mangue e passeios de canoa - e muitas vilas acolhedoras onde se encontra a tradicional cerâmica marajoara e s produtos feitos a partir da carne e leite de búfalo, animal considerado como um dos símbolos do Marajó. Cenário de filmes, reality show, novelas, documentários e coberturas jornalísticas diversas, o Marajó é o único lugar do mundo onde a polícia garante a segurança dos municípios montada em búfalos. Outro destaque é para o Museu do Marajó, localizado no município de Cachoeira do Arari, concentra milhares de relíquias, artefatos, livros e outros objetos que narram a história do Marajó. Ao todo o arquipélago concentra 16 municípios, um mais atraentes que o outro ao turismo de natureza e cultural.
Tapajós - No Tapajós destacam-se os municípios de Santarém, com o fenômeno do encontro das águas dos rios Tapajós e Amazonas, que pela diferente densidade e cor nunca se misturam e a bela vila de Alter-do-Chão, uma das mais lindas praias do Brasil, Belterra, Oriximiná, Óbidos, entre outros. Em todos há uma imensurável riqueza que reflete a cultura indígena e quilombola, a partir do das belezas naturais, artesanato, gastronomia baseada no pescado de água doce, excelente estrutura hoteleira. O Sairé, em Alter-do-Chão, é a principal manifestação cultural da região. É curioso observar que muitas das cidades e vilas paraenses que guardam os menos nomes de cidades de Portugal, país colonizador do Pará, encontram-se nesta região.
Alter-do-Chão / Santarém. Foto: Jean Barbosa |
Amazônia Atlântica - Localizada na “Zona do Salgado”, no nordeste do Pará, a região turística Amazônia Atlântica oferece cultura, folclore e belíssimas praias como Salinas, Marudá, Crispim, Ajuruteua e Algodoal, esta na paradisíaca ilha de Mayandeua. Trilhas, igarapés, passeios ciclísticos, pesca esportiva e outras atividades são convidativas, em especial nos municípios de Vigia, onde acontece o tradicional Círio de Nazaré, Bragança, cenário da festa de São Benedito e a Marujada, ritual que deu origem a um dos ritmos mais marcantes dessa região do estado, o retumbão. Outro destaque da região é o município de Tracuateua que sedia o Hotel Fazenda Vitória, onde funcionou um engenho do século XIX que atualmente atrai turistas pela tranquilidade e pelos passeios de canoa e prática de esportes de aventura. Búfalos completam a paisagem com verdadeiros espetáculos de força e de utilidade ao homem. O carimbó praiano do município de Marapanim, que todos os anos sedia um grande festival sobre esta manifestação cultural, soma-se a outro evento que vêm ganhando cada vez mais adeptos, o desfile de carnaval do bloco Pretinhos do Mangue, em Curuçá e o boi de máscaras de São Caetano de Odivelas - município conhecido como terra do caranguejo -, que reúne personagens caricatos como os “pirôs”, os cabeçudos e o Boi Tinga.
Algodal. Foto: Thiago Figueira. |
Araguaia Tocantins - Esta região é formada por 52 municípios localizados em sua maioria às proximidades dos rios Araguaia e Tocantins. Em Marabá, por exemplo, em meados de junho, a baixa do nível do rio Tocantins revela praias como as do Tucunaré e do Geladinho, acessíveis e ideais para quem gosta de sol e água doce. Já a pesca esportiva é o grande atrativo de Tucuruí, onde vários lagos oferecem opções para essa prática. Lá uma grande indústria investiu também na preservação da flora e da fauna. Inúmeras reservas naturais garantem a continuidade da paisagem. O turismo histórico é a alternativa em Conceição do Araguaia, onde é possível conhecer cenários que fizeram parte da guerrilha do Araguaia. Aqui o município de Paragominas, que já esteve entre os 36 municípios brasileiros que mais desmatava, se tornou um exemplo de utilização sustentável dos recursos naturais. Este ano o município representará o para no encontro “Rio + 20” mostrando como as políticas públicas podem se adequar de forma a proteger os recursos naturais e mesmo assim oferecer ao agricultor e a outros habitantes das cidades, uma opção de geração de renda em harmonia com a biodiversidade local.
Praia no rio Araguaia / Conceição do Araguaia. Foto: Jean Barbosa |
Xingu - Com cenários intocados pelo homem, rios sinuosos e mata fechada, o Xingu oferece um excelente ambiente para aqueles que gostam de se aventurar em ralys ou buscam contato direto com a natureza. Altamira, um dos maiores municípios do mundo em extensão territorial, é referência na pesca esportiva. A região está no centro das discussões ambientais, devido a construção da Usina de Belo Monte. O debate, traz para a Amazônia um olhar diferente quanto à dicotomia desenvolvimento X Progresso. É na região do Xingu, inclusive, que estão as maiores reservas indígenas do Pará, além de florestas nacionais (Flonas) e outras áreas de proteção e conservação ambiental, com cachoeiras, corredeiras e lagos de águas claras.
Acre: essência da luta do homem pela preservação da natureza
O Acre possui relevância internacional na luta pela preservação da biodiversidade e das comunidades tradicionais. A Reserva Extrativista Chico Mendes, criada em 1988, é uma homenagem a um dos maiores ativistas e símbolos desta causa, o seringueiro Chico Mendes. Abrange os municípios de Assis Brasil, Brasiléia, Capixaba, Xapuri, Sena Madureira e a capital, Rio Branco. A região é roteiro de turistas preocupados com a questão ambiental que podem entrar em contato com o modo de vida e produção das comunidades acreanas, tendo como base principal a extração de látex (borracha) e da castanha-do-pará. Exemplo disso é o município Xapuri, conhecido internacionalmente por ser local onde trabalhou e militou Chico Mendes. Exemplo de que o turismo de base comunitária ou de vivência, defendido pelo Ministério do Turismo, é possível, no local o turista pode visitar o Assentamento Agroextrativista e fazer trilhas pela floresta densa e úmida, típica da região. O acesso a região se dá pela BR-364, saindo de Rio Branco ou através de pequenas embarcações pelo rio Acre.
Foto: Jean Barbosa |
Tocantins: herança de Chico Mendes na luta pelo homem e natureza da Amazônia
No Tocantins, estado mais novo do Brasil, a natureza é sinônimo de aventura. Localizado no leste do Estado, o Parque Estadual do Jalapão é um importante exemplo do cerrado brasileiro, com cerca de 34 mil quilômetros quadrados, e uma infinidade de rios, lagoas, dunas e chapadões que chegam a atingir os 800 metros de altura. As cachoeiras também são atração a parte, com águas límpidas e transparentes, as principais delas são as do rio Formiga e Cachoeira da Velha. Outro fenômeno que atrai muito a atenção dos turistas é o Fervedouro, onde é possível flutuar sobre as águas. Para quem gosta da fauna, o Jalapão também oferece opções de observação de veados-campeiros, tamanduás-bandeiras, antas, capivaras, lobos-guarás, raposas, gambás, macacos, jacarés, onças, além de cobras. A criatividade dos habitantes da região está no artesanato de capim dourado, que ornamenta bolsas, tapetes, brincos e colares. O Parque Estadual do Jalapão foi criado em 2001 e envolve os municípios de Ponte Alta do Tocantins, Mateiros, São Felix do Jalapão, Novo Acordo , Santa Tereza do Tocantins e Lagoa do Tocantins Para chegar a região a opção são os ônibus que saem de Palmas, capital do estado, até o município de Porto Nacional.
No Tocantins, estado mais novo do Brasil, a natureza é sinônimo de aventura. Localizado no leste do Estado, o Parque Estadual do Jalapão é um importante exemplo do cerrado brasileiro, com cerca de 34 mil quilômetros quadrados, e uma infinidade de rios, lagoas, dunas e chapadões que chegam a atingir os 800 metros de altura. As cachoeiras também são atração a parte, com águas límpidas e transparentes, as principais delas são as do rio Formiga e Cachoeira da Velha. Outro fenômeno que atrai muito a atenção dos turistas é o Fervedouro, onde é possível flutuar sobre as águas. Para quem gosta da fauna, o Jalapão também oferece opções de observação de veados-campeiros, tamanduás-bandeiras, antas, capivaras, lobos-guarás, raposas, gambás, macacos, jacarés, onças, além de cobras. A criatividade dos habitantes da região está no artesanato de capim dourado, que ornamenta bolsas, tapetes, brincos e colares. O Parque Estadual do Jalapão foi criado em 2001 e envolve os municípios de Ponte Alta do Tocantins, Mateiros, São Felix do Jalapão, Novo Acordo , Santa Tereza do Tocantins e Lagoa do Tocantins Para chegar a região a opção são os ônibus que saem de Palmas, capital do estado, até o município de Porto Nacional.
Rondônia
Partindo de Porto Velho, capital de Rondônia, é possível chegar às áreas mais preservadas do estado apenas seguindo o percurso dos rios Madeira, Mamoré e Guaporé. Neste trajeto o visitante tem a oportunidade de entrar em contato com as mais variadas espécies da fauna e flora amazônica, além de perceber a peculiaridade da vida dos habitantes da região, os ribeirinhos.
Tal diversidade é possível perceber, por exemplo, na Reserva Extrativista do Lago do Cuniã, localizado na margem esquerda do rio Madeira, já próximo a Porto Velho. A reserva foi criada em 1999 pelo governo federal e possui cerca de 55.850 hectares. Neste local é possível encontrar exemplares de vários pássaros, botos cor-de-rosa, jacarés e um dos peixes mais nobres da região: o pirarucu. A comunidade tem sua produção econômica toda baseada na extração de produtos naturais , como açaí e castanha, mandioca para produzir farinha. Nos meses de cheia, o acesso à reserva é feito por meio fluvial, já na época em que os rios e igarapés baixam, é possível chegar por meio de trilhas, o que pode durar algumas horas. Para visitar a reserva é preciso autorização do IBAMA, assim como para a prática de pesca esportiva.
Já na fronteira Brasil-Bolívia, no oeste do Estado de Rondônia, outra região chama a atenção pela exuberância de sua diversidade, o Parque Nacional Cerra da Cotia. O Parque foi criado em 2001 com 283.611 hectares é um local para a prática de ecoturismo e atividades científicas. A vegetação é bem variada, com destaque ao cerrado, florestas de formação. As aves também ajudam a compor a paisagem do parque. Acredita-se que são mais de 450 espécies, sendo que muitas delas não podem ser encontradas em nenhum outro lugar do mundo. Outros animais que o visitante pode encontrar são as antas, pacas, veados e queixadas. O Parque está localizado no município de Guajará – Mirim (a 332 km da capital Porto Velho) e os principais acessos são de barco e avião.
Maranhão
No Maranhão, que tem uma pequena parte da Amazônia brasileira, encontramos o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, localizado no oeste do Estado. Com 155 mil hectares, é um dos mais interessantes paraísos ecológicos do Brasil. Guarda intermináveis dunas, que antecedem os 70 quilômetros de praias oceânicas do parque, algumas com cerca de 40 metros de altura, intercaladas por lagos de água doce ora em tom esverdeado ora azuis. A Lagoa Azul e a Lagoa Bonita, no município de Barreirinhas, são as mais atraentes.
É também numa região conhecida por ter a maior lagoa do parque – a Lagoa das Cabras- que está um dos melhores pontos para observadores de aves. A região do Murici, como é conhecida, concentra o maior número de aves da região, com espécies nativas e também de outros lugares.
As regiões dos manguezais também são um importante atrativo. Por serem ecossistemas de transição, os mangues possuem uma diversidade natural muito grande, além da presença de alguns animais como jacaré-tingá, a paca e o veado-mateiro, e de algumas aves.
Nas comunidades dentro do Parque, o visitante pode encontrar exemplares do artesanato local, tendo como matéria prima própria natureza da dos Lençóis, além de experimentar as principais iguarias da culinária maranhense como o doce de caju, murici e butiriti.
O Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses envolve os municípios de Humberto de Campos, Primeira Cruz, Santo Amaro e Barreirinhas. É possível chegar a região por meio de ônibus, saindo da capital do Maranhão, São Luis, até Barreirinhas. A viagem dura em torno de 3hs e meia.
Mato Grosso
Este Estado brasileiro é muito atraente ao ecoturismo. Aqui encontramos os três mais importantes ecossistemas brasileiros: o Cerrado, a Floresta Amazônica e o Pantanal. É guardião do Pantanal, das nascentes das duas maiores bacias hidrográficas do continente: a amazônica e a platina. Tem ampla diversidade de paisagens e de espécies de fauna e flora, além de alta incidência de endemismo, ou seja, de espécies encontradas apenas em sua região como o macaco-aranha-de-cara-branca. Boas dicas para quem busca ecoturismo incluem visitar o Parque Estadual do Cristalino, rio Cristalino e rio Teles Pires, Cachoeira de Sete Quedas, Sítio Arqueológico Pedra Preta, o salto Dardanelos, Cachoeira das Andorinhas e ainda o encontro das águas do rio Arinos com as do rio Juruena. São atrativos à parte a observação de espécies raras de aves, banho de cachoeiras, corredeiras, praias fluviais. Os principais pólos ecoturísticos são o Norte Mato-Grossense, que tem Alta Floresta como portão de entrada e envolve outros dez municípios da região, e o Pólo do Guaporé Mato-Grossense, próximo ao rio Guaporé e ao Pantanal, que tem o município de Cáceres como principal acesso ao ecoturismo na região.
Foto: Jean Barbosa |
Amazonas
O Amazonas, além de ser o maior estado brasileiro com área que comportaria facilmente os territórios da França, Alemanha, Reino Unido e Japão, é também referência nacional quando assunto é hotel de selva. Muito mais que passeios e trilhas pelas florestas, turistas do mundo inteiro que visitam o Amazonas podem viver a experiência de participar por alguns dias, das peculiaridades da vida Amazônica. O Ariaú Amazon Towers é um bom exemplo. O hotel, localizado dentro da selva no município de Iranduba, região metropolitana de Manaus, tem sua estrutura arquitetada em palafitas de madeiras, a altura da copa das árvores, fazendo com que o visitante entre em contado diário com exemplares da fauna local como macacos, araras e papagaios. O hotel disponibiliza ainda várias excursões adicionais como visita a casa dos nativos, caminhada na selva, observação de animais noturnos, visita a tribos indignas, nado com botos além de serviços de cruzeiros para transportar o turista até o hotel.
Também no Amazonas o extrativismo vegetal, o investimento na cultura, a exemplo do Festival do Boi de Parintins, o artesanato, a manutenção das etnias indígenas, fazem do Estado uma referência ao turismo. Manaus, capital do Estado escolhido para ser sub-sede da Copa de 2014, é rota de centenas de cruzeiros. No porto da cidade, que é uma grande zona industrial de diversas linhas de produção, a rotina do ribeirinho se confunde com o vai e vem de milhares de embarcações que transportam trabalhadores, nativos e muitos turistas. A capital tem bons exemplos da preservação do patrimônio herdado da época do Ciclo da Borracha, a exemplo do suntuoso Teatro Amazonas. É do Amazonas que ecoa para o mundo o batuque do boi, que muito tem encantado o público nos principais eventos de turismo do mundo.
Amapá
Amapá: a sensação de estar no meio do mundo
A sensação de estar no meio do mundo, no Brasil, só pode ser sentida em Macapá, capital do grandioso e verde estado do Amapá, guardiã do Marco Zero, símbolo de que lá é um dos mais importantes limites geográficos do planeta. Narra a história que Macapá surgiu de um instinto guerreiro de seus primeiros habitantes, casais açorianos que chegaram à Costa do Amapá , canal norte do rio Amazonas, em 1751, depois de enfrentar uma longa e arriscada viagem através dos rios. Os colonizadores portugueses foram com a missão de evitar a invasão de holandeses, irlandeses, ingleses e franceses. Parte desta história está presente na Fortaleza de São José, uma das principais atrações do Estado. Mas, além da história, o turista que visita o Amapá também estará conhecendo o estado com a cobertura vegetal mais bem preservada da Amazônia. Vários cientistas e pesquisadores visitam o Pólo Ecoturístico do Amapá em busca de conhecer mais a biodiversidade da região e dos saberes das inúmeras nações indígenas. O pólo abrange os municípios de Oiapoque, Pracuúba, Tartarugalzinho, Serra do Navio, Macapá, Mazagão e Laranjal do Jari, e é pouco povoado, contribuindo para a preservação ambiental do local. Até mesmo em Macapá, capital do estado, diferente de muitas grandes cidades brasileiras, o turista pode encontrar um ambiente sem poluição e uma rica paisagem natural, formada principalmente pelo rio Amazonas. Apesar de ser uma cidade de pequeno porte, Macapá oferece também uma rede hoteleira diversificada e restaurantes para variados gostos.
Benigna Soares, Wanderson Curcino e Thiago Figueiras (GECV Paratur)