Rodolfo Oliveira - Agência Pará |
Ao todo, nos três municípios, já são oito queijarias devidamente cadastradas, registradas e certificadas, em ação conjunta executada pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap) e Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará). Um selo que atesta a qualidade do produto oferecido ao consumidor.
A Rota Turística do Queijo do Marajó pretende ser uma alternativa de renda para os produtores locais, uma vez que o fluxo de pessoas ao longo da rota dinamiza a economia e possibilita a valorização dos atrativos naturais, culturais e históricos da localidade.
Heitor e Silvia Reali - Viramundo e Mundovirado |
O crescimento do movimento Slow Food, por exemplo, e a adoção de um modo de vida mais saudável por parte da população, tem promovido o interesse na degustação de produtos originais e autênticos. As visitas turísticas guiadas, seja em restaurantes regionais, ou ainda em locais de produção, também são formas de escoar o que é produzido. Complementar à estratégia, os municípios do Marajó, com destaque para Soure, Salvaterra e Cachoeira do Arari, oferecem ao turista inúmeras manifestações culturais, rios, praias, igarapés e paisagens icônicas.
Heitor e Silvia Reali - Viramundo e Mundovirado |
Turismo e Gastronomia
Heitor e Silvia Reali - Viramundo e Mundovirado |
Em 2015 o setor de turismo atraiu ao Pará 1,1 milhão de turistas, brasileiros e estrangeiros, e injetou 736 milhões de reais na economia do estado. Na análise do programa, os segmentos de turismo e
gastronomia têm potencial para crescer, em volume de negócios, renda e emprego, 10% a cada ano até 2030, com o fortalecimento da cadeia produtiva a partir de iniciativas como divulgação, atração de novos investimentos, melhoria dos produtos turísticos, investimentos em infraestrutura e qualificação da mão de obra local.
Heitor e Silvia Reali Viramundo e Mundovirado |
Ainda em dezembro de 2015, a Unesco reconheceu Belém como Cidade Criativa da Gastronomia, tornando a capital paraense uma referência mundial nessa área da cultura ao integrar uma rede de cidades que buscam desenvolvimento de maneira sustentável e socialmente justa. A capital paraense, além de ser o ponto de partida dos turistas que vão ao Marajó, oferece ao visitante uma rede de restaurantes especializados na culinária regional e o queijo do Marajó está presente como insumo indispensável à produção de diversos pratos.
Heitor e Silvia Reali - Viramundo e Mundovirado |
A importância da atividade é tamanha, que o Plano Estratégico de Desenvolvimento Sustentável do Estado do Pará, denominado Plano Pará 2030, lançado pelo governador Simão Jatene em junho deste ano, selecionou Turismo e Gastronomia como uma das 12 cadeias produtivas de valor para o planejamento de longo prazo na formulação de macroestratégias capaz de dinamizar a economia e promover processos produtivos eficientes e agregação de valor, crescimento econômico acelerado e a elevação do PIB paraense. A meta é consolidar o Pará como destino turístico nacional e internacional, recebendo 4 milhões de visitantes ao ano e quadruplicando a receita do setor até o ano marco do programa.
Texto: Israel Pegado / Fotos: Rodolfo Oliveira – Agência Pará