Vale destacar que os dois grupos folclóricos trabalham o ano inteiro na criação dos diversos elementos que compõem as apresentações que ocorrem durante o festival e movimentam a paixão das torcidas. Além da questão cultural, o evento também impulsiona setores como o comércio e hotelaria na cidade, com a chegada de turistas que prestigiam a celebração.
LEI SEMEAR - De acordo com Michelle Miranda, analista de Sustentabilidade da Equatorial Pará, a distribuidora de energia, que é a maior patrocinadora de cultura do estado, sempre busca apoiar iniciativas que valorizam as expressões locais e que democratizam o acesso à arte e a história do povo, como é o caso do Festribal, que ela apoia a partir de incentivos da Lei Semear.
“Avaliamos sempre a forma positiva que o projeto vai impactar na realidade do local, então, prezamos pela valorização artística e a geração de renda, por exemplo. A Equatorial Pará patrocina pelo segundo ano consecutivo a ação porque acredita no poder de transformação cultural do evento”, finaliza.
Fortalecimento do turismo - A região turística do Tapajós, no Pará, é referência para importantes eventos culturais, a exemplo do Çairé, que acontece no mês de setembro na vila de Alter-do-Chão, no município de Santarém. Outra manifestação que atrai para a região anualmente grande fluxo de turistas é o Festribal, que resgata em forma de espetáculo a cultura indígena nativa da cidade. Uma das maiores manifestações culturais da Amazônia.
O Tribódromo - O palco das apresentações é o Tribódromo, onde as tribos Muirapinima (vermelho e azul) e Munduruku (vermelho e amarelo) se enfrentam pela conquista do título. A festa retrata a cultura indígena em forma de música, artes cênicas, alegorias e danças. O modo de vida do caboclo, os rituais indígenas, o pescador e o farinheiro são algumas das inspirações do festival. A disputa entre as tribos ocorre desde de 1995, captando fluxo turístico para a região do Tapajós, onde também se destacam neste sentido os municípios de Santarém, Belterra, Oriximiná, Itaituba, Óbidos, entre outros.
CONHEÇA JURUTI - O município sede do Festribal está localizado na Região Turística do Tapajós, mesorregião do Baixo Amazonas e microrregião de Óbidos, distante 848 km de Belém, capital do Pará.
Juruti é uma cidade pequena, bastante acolhedora e conserva todas as características dos municípios da região do Baixo Amazonas. Foi uma aldeia dos índios mundurucu, fundada, segundo Ferreira Pena, em 1818, e submetida à administração de um missionário com poderes paroquiais. Na sua história um fato incomum: por duas vezes perdeu a condição de município. O primeiro ato de criação data de 9 de abril de 1885; 15 anos depois, em 3 de abril de 1900, por questões políticas, Juruti perde a autonomia municipal e seu território é anexado a Óbidos e Faro. Volta a ser município em 3 de abril de 1913, pela Lei 1295, assim permanecendo até o advento do Decreto estadual nº 6, de 4 de novembro de 1930, quando ocorre nova supressão, ficando seu território sob a administração direta do Estado. Em 3 de maio de 1935, Juruti volta a ter autonomia, mas somente em 31 de março de 1938, pela Lei 2972, constitui-se o município com seus limites geográficos atuais.
O QUE VISITAR
Lago Grande do Salé - A dez minutos da cidade, de carro ou de moto, você vai encontrar com uma das mais exóticas paisagens de Juruti, o balneário da Ponte, igarapé de águas límpidas e geladas, e ainda pode contar com o serviço de restaurante, além de poder se deleitar com a natureza exuberante.
Lago do Jará - Um dos mais populares balneários da cidade, é formado pelo lago do Jará. Seus segredos e lendas encantam os visitantes e o passeio de canoa é um dos destaques, especialmente no final da tarde.
Praia do formigão (Juruti Velho) - Localizada no lago do Juruti Velho, distante do centro da cidade cerca de cinco horas de barco, ela surge no período de seca do rio, formando imensas pontas de areia que se estendem até o meio do lago.
COMO CHEGAR - De avião, companhias aéreas e algumas linhas de Táxi Aéreo fazem voos regulares para Juruti. De navio, partindo do porto de Santarém, saem barcos diariamente em vários horários e os preços variam de acordo com a tabela regulada pelo Governo do Estado, oscilando para mais em período de férias e do verão amazônico.