quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Festival de Ópera recebe público de diversos municípios paraenses


                                                                              Carlos Sodré /Agência Pará
A estreia da ópera II Trovatore (O Trovador), segunda atração do Festival de Ópera do Theatro da Paz, promovido pela Secretaria de Cultura do Pará (Secult) em parceria com a Academia Paraense de Música, terá na plateia, nesta quarta-feira, 28, um público especial. São professores de diversos municípios do Estado que, pela primeira vez, terão a oportunidade de assistir a um espetáculo do gênero.

Eles estão em Belém participando da formação oferecida pelo programa “Correção de Fluxo Escolar na Alfabetização”, do Ministério da Educação (MEC) em parceria com o Grupo de Estudos Sobre Educação, Metodologia de Pesquisa e Ação, entidade que tem sede no estado do Rio Grande do Sul. O programa, que atende vários municípios brasileiros, ajuda na formação de professores que trabalham com estudantes que frequentam a sala de aula, mas ainda não foram alfabetizados.

A participação em atividades culturais faz parte do cronograma de formação e, desta vez, o grupo adquiriu 40 ingressos para o Festival de Ópera do Theatro da Paz, que terá récitas no período em que o grupo estará em Belém. O Festival começa nesta terça, 27, e segue até a quinta-feira, 29.

Esse grupo participa de encontros periódicos de capacitação, baseados na vivência em sala de aula. Maristela Maciel, coordenadora do polo no Pará, explica que o conhecimento da arte é importante para a formação dos professores. “Nós já trabalhamos no Pará desde 2010. E nessa formação uma das coisas que a gente tenta ensinar é a questão da importância da cultura e da atividade cultural para a aprendizagem, tanto dos professores, quanto dos alunos, porque a metodologia é teórico-prática”.

Na plateia do Theatro da Paz estarão professores de Soure, São Sebastião da Boa Vista, Inhangapi, Tucuruí, Xinguara, Breu Branco, Vitoria do Xingu e Moju, entre outros. A formação acontece no Belém Soft Hotel, localizado na avenida Braz de Aguiar.

Maristela reforça que esse contato com a cultura ajuda no crescimento profissional dos participantes. “A arte muitas vezes está antes da ciência, ela explica o mundo por uma outra vertente, dá aos professores essa possibilidade de analisar o mundo sob vários aspectos e pontos de vista. É importante ter acesso a um patrimônio da humanidade”.

Ela também elogia a iniciativa da Secretaria de Cultura em oferecer espetáculos como a ópera a preços populares. “Todas as ações que visam dar maior acesso a eventos culturais são importantes. Amplia essa possibilidade de conhecermos, de apreciarmos essas obras, que são clássicas. A contribuição que essa convivência com a arte dará ao nosso trabalho é incalculável”.

O projeto de Correção de Fluxo Escolar tem contabilizado resultados positivos. Segundo Maristela, o percentual de alfabetização no ano passado foi de mais de 80% das turmas que foram incluídas no programa. “Tivemos algumas turmas com 100% dos alunos alfabetizados”, comemora.

Texto: Marly Quadros - Secult