Falar
do Círio de Nazaré envolvendo fotografia e literatura: esta é a proposta da
exposição “O círio vai passando como um rio”. São 25 imagens de sete fotógrafas
paraenses que se juntam ao texto de João de Jesus Paes Loureiro retratando a
maior procissão cristã do mundo, com vernissage dia 13 de setembro, 18h30, no
Espaço Cultural Banco da Amazônia. “O poema ‘O Círio’ de Paes Loureiro é o fio
condutor para as fotografias, assim como a corda da procissão é para os
romeiros”, diz o curador da mostra, Guy Veloso. Na seleção das imagens foi
privilegiada a interação das fotos com o texto poético, onde as fotógrafas Ana
Mokarzel, Fatinha Silva, Irene Almeida, Joyce Nabiça, Nailana Thiely, Paula
Giordano e Shamara Fragoso, cada uma em seu estilo e técnica, destilam um olhar
feminino tanto em relação à obra de João de Jesus Paes Loureiro, quanto à
procissão em si. A mostra ficará em cartaz até dia 23 de outubro, com uma
conversa das artistas e curador com o público dia 03 de outubro, às 18h30.
Serviço: Exposição “O círio vai passando como um rio” Vernissage: 13.09.16
-18h30 Visitação: 14 de setembro a 23 de outubro, de 9h às 15h. 03 de outubro -
18h30 - Conversa com os artistas e curador Espaço cultural Banco da Amazônia
Av. Presidente Vargas, 800 – térreo Fotógrafas: Ana Mokarzel Fatinha Silva
Irene Almeida Joyce Nabiça Nailana Thiely Paula Giordano Shamara Fragoso
Escritor homenageado João de Jesus Paes Loureiro
Mais
informações:
Guy
Veloso (curadoria) - 91-98112-9673
guyveloso@hotmail.com
Fatinha Silva (Produção) -91-99116-4988
e-mail:
fatinhasilva.pa@gmail.com
Passa a Barca dos Marujos.
O Círio
O Círio
vai passando como um rio.
Rio de
anjos e brinquedos de miriti.
Como um
rio e sua multidão de ondas caminhantes.
Como um
rio.
O Círio
vai passando como um rio.
A
correnteza de um rio com alma e devoção.
Passa a
Barca dos Milagres.
Passa a
Barca dos Arcanjos.
Piracema
da fé na rua que é rio!
Passa a
Barca das Girandas.
arcano
a navegar à flor das almas…
Passa a
Barca da Berlinda periantã de lírios
João de
Jesus Paes Loureiro
O Círio
vai passando como um rio.
Rio de sílabas velozes.
Sonoro rio e seus cardumes de
canções.
Um rio
de ondas submarinas, pleno de naves aves velas e velames.
Um rio devoto navegado pela fé,
peixe a navegar por entre a correnteza.